Jornalista
Sandra Moreyra morre aos 61 anos
A jornalista Sandra Moreyra, 61 anos, morreu vítima de
câncer - o terceiro diagnóstico da doença que a experiente repórter da Globo
recebeu nos últimos sete anos. Ela estava internada no Hospital Samaritano, no
Rio
Ultimamente, era
produtora e repórter da série "Cariocas Olímpicos", exibida aos
sábados no telejornal local "RJTV 1ª Edição", em que
entrevistava atletas nascidos no Rio de Janeiro, como um aquecimento para os
Jogos Olímpicos de 2016. Sua última reportagem foi ao ar no dia 7 de novembro.
Sandra Moreyra nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de
agosto de 1954. Era filha do renomado cronista esportivo Sandro Moreyra e da
professora Lea de Barros Pinto, além de neta do escritor Álvaro Moreyra,
membro da Academia Brasileira de Letras e diretor de importantes revistas nos
anos 1950.
A jornalista começou a carreira em 1975, como estagiária
no departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil. Após concluir a
faculdade, no ano seguinte, foi contratada. Em 1978, estreou na publicação como
repórter.
Depois de uma temporada fora do Brasil ao lado do marido,
engenheiro, retornou ao país onde trabalhou em uma agência de publicidade e, em
seguida, iniciou sua trajetória na TV. Trabalhou na TV Aratu, na época afiliada
da Globo na Bahia, Band e Manchete, até ser contratada pela Globo de Minas
Gerais.
A jornalista ganhou destaque na cobertura da eleição e morte
de Tancredo Neves (1910-1985). Sandra apareceu no "Jornal Nacional"
acompanhando o cortejo fúnebre. Em 1986, a jornalista foi para a Globo do Rio
de Janeiro.
Sandra também participou de outras coberturas jornalísticas
de importantes momentos do país como o Plano Cruzado, o acidente radioativo com
Césio 137, em Goiânia, a tragédia do iate Bateau Mouche, no Réveillon de 1989,
a Rio-92, a chacina de Vigário Geral e a ocupação do Complexo do Alemão.